De maneira muito breve podemos afirmar que as armas de fogo não foram criadas para o tiro esportivo, sendo elas a melhor ferramenta que substituiu o arco e flecha, espadas, machados, etc. Acontece que desde a sua origem as armas de fogo estão em constante evolução, diminuindo seu tamanho, peso, e se tornando mais especificas para sua utilização seja em combate ou nos esportes com armas.
A primeira ideia quando se pensa no tiro esportivo é que ele surgiu através das guerras e seus treinamentos, mas na realidade o esporte com arma de fogo surge por volta do século XVII na Inglaterra e tem como origem a caça e sobrevivência. Nisso o tiro começa a se consolidar como esporte, e vem se mantendo como modalidade olímpica desde a primeira olimpíada de Atenas em 1896.
Feito esse breve resumo histórico é preciso saber que existem centenas de modalidades de tiro esportivo, cada qual com sua proposta.
O IDSC (International Defensive Shooting Confederation) ganha espaço no cenário mundial por ser uma modalidade esportiva dinâmica que visa simular situações do cotidiano, cenários da vida real, praticado com armas e equipamentos que possuem as mesmas características e condições de emprego aplicáveis à uma situação de auto defesa.
As regras das competições e treinamentos do IDSC seguem o seu lema “STAT ALIVE” (mantenha-se vivo) e nesse sentido o atleta precisa, por exemplo, aplicar os principais fundamentos e conceitos do tiro defensivo tais como: Tiro Abrigado, Tiro em Deslocamento, Tiro Embarcado, uso de táticas e técnicas como Saida do “X”, TuellerDrill, Saque Velado, CQB, entre outras formas de dinamizar o esporte ao mesmo tempo em que é simulado situações que podem ocorrer na vida real.
Também seguindo o lema STAY ALIVE, o atleta IDSC precisa ter em mente que numa situação real a mentalidade de combate e sobrevivência deve estar presente sobre qualquer outro pensamento. De maneira que, os cenários das provas de IDSC são criados buscando do atleta essa mentalidade combativa. Os briefings das pistas de IDSC são planejados para que o atleta cesse a “injusta agressão” com os tiros necessários, e usando as técnicas e táticas corretas. Tudo feito com a máxima segurança. As regras de segurança estarão sempre em primeiro lugar.
Importante frisar que para o IDSC o tiro rápido/veloz tem sim sua importância, mas a velocidade não é mais importante que a precisão do disparo e a busca pela perfeição na execução da pista, em especial naquilo que é determinado pelo briefing da pista. E as regras do IDSC fazem com que esse aspecto precise ser cumprido.
O IDSC como confederação possui também outras modalidades além do Tiro Defensivo (Defensive Shooting), tais como: O tiro de aptidão técnicas (TAT IDSC), O tiro defensivo de precisão (Precision Shooting) e Saque Rápido (Fast Draw). Todas essas modalidades com suas categorias que buscam permitir que o esporte seja praticado por todas as pessoas, independentemente da idade e condição, ou se elas atiram de revolver, pistola, carabinas, espingardas, e até airsoft.
Enfim, o IDSC cresce como desporto na medida em que resgata as origens do tiro esportivo valorizando a ideia de sobrevivência, ao mesmo tempo que se apresenta como uma pratica esportiva atualizada usando conceitos modernos de tiro de defesa em seu treinamento.
Faça sua habitualidade, traga mais realidade para o seu treinamento, motive-se com treinos dinâmicos, mantenha-se vivo, PRATIQUE IDSC!
Emmanuel Moraes
Colunista CTTPE
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Instrutor de armamento e tiro, Atleta IPSC, Atleta IDSC,Curso low light, curso de recarga, Instrutor Credenciado IDSC.
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